Um amigo meu me mandou um scrap mais ou menos assim no Orkut:
a) A Globo, desde os casos da manipulada cobertura das Diretas Já e do editado debate Lula-Collor, vem mudando paulatinamente seu modo de cobrir a política nacional. É o que se chama Padrão Globo de Jornalismo, uma idéia copiada da norte-americana CNN. Tem apostado muito mais em seu poder de notícia e em seu poder financeiro para ter um peso político perante os candidatos, ao invés da manipulação aberta de imagens e fatos. Tanto a estratégia é boa que hoje o ministro das comunicações do governo Lula é um ex-funcionário (mas ainda ligado) da Globo e ex-âncora do Jornal Nacional, Hélio Costa. Daí a Globo poder se dar ao luxo de rodar uma circular a todas as suas filiais regionais pedindo moderação na campanha eleitoral e avisando que não tolerará manipulações. Recado claro às TVs Bahias da vida que, não custa lembrar, durante a campanha pela cassação de ACM em 2001, quando houve o episódio da invasão da UFBA pela tropa de choque da PM nem sequer noticiou o caso. Mas o Jornal Nacional, sim, e com imagens de outras emissoras, uma vez que a TV Bahia nem sequer estava presente no local. Foi um momento de crise entre os Marinho e os Magalhães. A Globo tem apostado na modernização, inclusive na modernização da dominação.
b) O escândalo do “mensalão” deixou os brasileiros desanimados com a política, uma vez que haviam depositado em Lula a esperança de uma mudança de paradigma no próprio modo de se fazer política. O Padrão Globo incita a emissora também a falar o que o público quer ouvir, em uma tentativa (muito bem sucedida) de criar uma identidade entre emissora e telespectador. O discurso e os questionamentos anti-corrupção hoje estão em alta.
c) A Globo pode se dar ao luxo de mostrar um pouco de imparcialidade, uma vez que os dois candidatos mais cotados à eleição representam projetos políticos que não afetam os interesses do monopólio global.
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