11.11.06

Ser e tempo na pós-modernidade


Sinto o tempo passar. Faz algum número grande de dias que escrevi aqui. Não que não tenha efemérides para publicizar. Na verdade, seria o contrário. Sou, agora, a própria efeméride. Já não consigo sequer escrever sobre o efêmero desde então.

Olho para dois anos atrás. Quatro anos. Seis meses. Seja qual for o tempo em retrospecção, sou-me outro. Ou seja, já não sou-me. Sou algo. Sou-me sem ser-me. E amanhã serei um outro mais.

Os relógios derretem, mas o tempo perdura: presente perpétuo que me faz ser um a cada dia e ninguém ao longo da existência.

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